segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

REVISTA TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA NO SEMIÁRIDO


 
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Volume 5, Número 2, 2017
 
Esta edição, tendo como tema “Transição Agroecológica no Semiárido”, busca evidenciar uma série de iniciativas de extensão, pesquisa-ação, mobilização social e organização socioprodutiva em diferentes contextos e perspectivas do campo Agroecológico. Ao longo de sua trajetória a Revista Extramuros tem se afirmado enquanto espaço de socialização de processos interventivos de diferentes naturezas de modo a promover a Agroecologia em diferentes contextos socioambientais.
Buscando contribuir com a superação da invisibilidade dada às iniciativas contra-hegemônicas do paradigma da produção de alimentos a partir do uso intensivo de agroquímicos o Núcleo de Pesquisa e Estudos SERTÃO AGROECOLÓGICO - NUPESA/UNIVASF se propôs a articular e compilar neste número apresenta uma síntese de iniciativas no âmbito de uma nova proposta de pensar e fazer: a Agroecologia. Dessa forma, mobilizamos atores sociais, outros Núcleos de Estudos em Agroecologia - NEA’s, instituições e organizações de pesquisa e assessoria técnica em processos de desenvolvimento local sustentável,redes de agroecologia, associações e grupos de agricultores organizados para sintetizar às diferentes ações e projetos de extensão que fazem interface com a pesquisa. 
Nesse sentido, o Volume 5 da Revista Extramuros buscou evidenciar e sistematizar experiências a partir  de uma reflexão no campo da Agroecologia e Produção Orgânica junto com agricultores e organizações do Semiárido Brasileiro.
Esperamos contribuir com a abertura de novas janelas e perspectivas aos leitores com os quais socializamos os relatos, experiências e saberes envolvidos na construção da Transição Agroecológica no Semiárido.

A revista:
http://www.periodicos.univasf.edu.br/index.php/extramuros/issue/view/30/showToc

Edição: Equipe Renda 

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

TROCA DE SEMENTES NO AGRESTE



Em sua quarta edição a Feira de Troca de Sementes Crioulas do Agreste Meridional de Pernambuco acontecerá em novembro, na quinta 23/11/2017, das 8h às 15:30h, no Parque Euclides Dourado, Garanhuns-PE.


4ª FEIRA DE TROCA DE SEMENTES CRIOULAS DO AGRESTE MERIDIONAL DE PERNAMBUCO

É um evento aberto ao público com o objetivo de estimular a troca de variedades de sementes crioulas entre agricultores, organizações/instituições e pessoas interessadas. Esta troca favorece a conservação da biodiversidade, do patrimônio genético, a identidade e memória cultural das comunidades de agricultores e suas famílias.
A Feira é promovida pelo conjunto de organizações que formam a Rede SEMEAM: Instituto Agronômico de Pernambuco - IPA/GEMA, Núcleo e Centro Vocacional AGROFAMILIAR (UAG/UFRPE), Instituto Raízes, Cáritas Diocesana de Pesqueira, Cáritas Brasileira Regional NE 2, SERTA, NEDET (UAG/UFRPE), SINTRAF Regional, COOPAF, Secretaria Municipal de Agricultura de Garanhuns, STR – São João e Bancos Comunitários de Sementes do Agreste Meridional.
Poderão participar da Feira outros agricultores, organizações/instituições, sindicatos, movimentos sociais, escolas, faculdades, universidades e interessados, mas é importante que tragam suas sementes (grãos, plantas de espécies frutíferas, florestais, medicinais...) para partilhar e trocar com os agricultores e organizações que estarão nos stands. Mas caso não tenha sementes para a troca, não deixe de prestigiar o evento que inclui em sua programação oficinas, palestras, exposições, além da oportunidade de dialogar e trocar experiências com os agricultores e as organizações que os apoiam.
Venha conhecer a riqueza das espécies das sementes crioulas e o trabalho que vem sendo desenvolvido na região!
O resgate e a troca de sementes têm favorecido redes de colaboração solidária entre os agricultores, conhecimentos e processos produtivos e de fortalecimento da agricultura local, de soberania alimentar, autonomia e empoderamento das famílias agricultoras, além da promoção de diálogos e vivências em Agroecologia.

Maiores e outras informações:
Rede SEMEAM - Nayra Oliveira (87) 9.8143-3150 e Arley Gomes (87) 9.9988-6158



4ª Feira de Troca de Sementes Crioulas do Agreste Meridional de Pernambuco
QUANDO: 23/11/2017 (quinta-feira)
ONDE: Parque Euclides Dourado, Garanhuns- PE
HORÁRIO: 8h às 15:30h
Realização: Rede SEMEAM

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

21 e 22 de agosto - I Encontro Estadual para ampliação e qualificação das Feiras Agroecológicas em Alagoas



As Feiras Agroecológicas vêm se consolidando como um importante espaço de comercialização de produtos da agroecologia. 
Em todos os estados cresce o numero de iniciativas e aprofunda-se a necessidade de uma melhor articulação, integração e ação conjunta, em Rede.

No estado de Alagoas, essas iniciativas ganham espaço cada vez mais evidente, tanto do ponto de vista da criação de estratégias da agricultura familiar de se relacionar com mercados, quanto de consumidores que se preocupam com a segurança do que estão consumindo, levando para casa, para sua família, alimentos isentos de agrotóxicos .

A ampliação do envenenamento dos alimentos, mesmo com toda invisibilidade e descrédito dada ao tema, tem despertado o interesse de um numero cada vez maior de consumidores que querem adquirir produtos com confiabilidade e vindo de um setor produtivo que utiliza melhores critérios no cuidado com a produção de alimentos saudáveis, com a saúde de quem produz e com os impactos e a sustentabilidade ambiental.

Dessa forma, as Feiras Agroecológicas têm demonstrado ser uma das melhores estratégias de comercialização de produtos alimentícios dada a flexibilidade em sua logística e pouca necessidade de infraestrutura e investimentos,além da autonomia e dinamismo que proporciona as famílias participantes dos processos de desenvolvimento produtivo, elas possuem uma grande capacidade de serem ampliadas para as diversas realidades das grandes, medias e pequenas cidades. Mesmo com estas características, elas precisam ser impulsionadas, organizadas e qualificadas para atender uma demanda cada vez mais ampla,  de agricultores que optaram pela agroecologia como modo de produção e de vida, como de uma ampla diversidade de consumidores que estão buscando cuidar mais da sua saúde, serem mais seletivos em seus atos de consumo.

As experiências de organização das Feiras Agroecológicas tem proporcionado uma melhoria da oferta de produtos cada vez mais diversificados. Muito se tem avançado na implantação do conceito de preço justo e unificado, aplicados em muitas experiências. No aspecto organizativo, têm-se também tratado dos aspectos da gestão e da autonomia dessas iniciativas. Muitas Feiras possuem uma coordenação, um fundo rotativo e regimentos internos que orientação @s envolvid@s para o aperfeiçoamento das iniciativas.

Esses avanços percebidos nas diversas iniciativas de Feiras Agroecológicas,  espalhadas por todo o Brasil, tem também revelado que este processo não avança se não houver a iniciativa de integra-las, qualifica-las e organiza-las. Há uma grande necessidade de uma ação coletiva, em rede, para aprofundar os desafios, as potencialidades e as estratégias de fortalecimento dessas iniciativas. Elas representam um grande potencial de ampliação, de qualificação e de retorno para o desenvolvimento do meio rural e da saúde da população do Estado de Alagoas.

Nesse sentido a rede de agroecologia de Alagoas vem promover nos dias 21 e 22 o I Encontro Estadual para ampliação e qualificação das Feiras Agroecológicas em Alagoas, na sede da FETAG - Maceió/AL o encontro terá como objetivo:

  Articular as feiras e espaços de comercialização agroecológicos do Estado de Alagoas, as associações de agricultores (as), movimentos sociais, organizações da sociedade civil e instituições governamentais que possam dar apoio as Feiras.
     Promover a construção de conhecimentos entre famílias agricultoras e instituições de apoio, sobre as boas práticas referentes à comercialização em feiras e à estruturação dos mesmos.
      Construir um plano de ação que amplie e fortaleça as feiras agroecológicas no Estado Alagoas.
 




Maiores informações: FETAG - AL
Fonte: Rede de agroecologia de Alagoas
Edição : Equipe RENDA



quinta-feira, 22 de junho de 2017

Caravana Agroecológica vai passar por seis municípios do Submédio do São Francisco


Refletir sobre modelos de desenvolvimento e sistemas agroalimentares a partir de elementos comuns a uma bacia hidrográfica. Esse é o objetivo da “Caravana Agroecológica do Semiárido Baiano: nos caminhos das águas do São Francisco”, que tem início na próxima segunda-feira (26), em Juazeiro (BA). O grupo de 70 pessoas, que fará parte da Caravana, também tem como proposta dar visibilidade a denúncias, conflitos e experiências de resistência e organização de comunidades dos seis municípios que serão visitados.
No primeiro dia da Caravana Agroecológica do Semiárido Baiano, os participantes vão se reunir, em Juazeiro, para um momento de integração e reflexão sobre a região do Submédio do São Francisco. No dia seguinte, a Caravana vai se dividir em duas rotas, uma com destino aos municípios de Campo Formoso e Jacobina; e outra, que passará por Casa Nova, Remanso e Campo Alegre de Lourdes. Durante três dias, integrantes de movimentos e entidades populares, universidades, centros de pesquisas e órgãos públicos vão vivenciar diferentes realidades e contrastes do Semiárido baiano.
Seis eixos orientaram a construção das rotas da Caravana: os impactos da mineração, conflitos fundiários, conflitos por água, uso e impactos de agrotóxicos, experiências agroecológicas e resistências comunitárias. Para Manoel Ailton Rodrigues, integrante do Movimento Quilombola e do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Salitre, é de suma importância os locais escolhidos para a realização da Caravana. “Os impactos nas bacias do rio Salitre e do entorno do Lago de Sobradinho são os objetivos da Caravana Agroecológica. Sem dúvida, ela vai fortalecer a luta dos respectivos comitês”, afirma.
Comunidades tradicionais, como quilombolas, pescadores e fundos de pasto também estão incluídas nas rotas dos caravaneiros/as. Como parte da programação, acontecerá, no dia 28 pela manhã, o Seminário: “Ameaça aos Territórios Tradicionais”. A atividade será realizada no salão da Colônia de Pescadores de Casa Nova e é aberta a toda a população. “A programação está bastante rica, convidamos todas comunidades por onde a Caravana estará passando para participar com a gente. Várias pessoas de diversas organizações estarem juntas em uma caravana ajuda a gente a reconhecer os desafios para além da própria comunidade ou organização, nos permitindo um olhar de mais amplo para o território onde estamos”, ressalta o sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e integrante da coordenação da Caravana, André Búrigo.
A Caravana Agroecológica tem como diferencial a produção de um diagnóstico sobre o Submédio do São Francisco a partir de trocas e saberes coletivos e uma análise crítica composta por olhares de pesquisadores, comunidades, técnicos e integrantes de movimentos populares. Como resultado, espera-se realizar e reforçar denúncias de violações de direitos e contribuir para a atuação do Ministério Público da Bahia, pressionar por políticas públicas e sociais, fortalecer a luta de comunidades tradicionais e divulgar experiências agroecológicas e de Convivência com o Semiárido. Uma carta política e um documentário também serão produzidos a partir da Caravana.

“A vivência da Caravana já é um grande resultado. É uma aposta de que devemos e pudemos caminhar juntos, construindo convergências nas ações”, diz Búrigo. As Caravanas Agroecológicas têm sido realizadas por todo o Brasil desde 2013, como estratégia de mobilização de diferentes atores sociais. A do Semiárido Baiano vem sendo construída desde agosto do ano passado, com a participação de cerca de 30 organizações dos âmbitos federal, estadual e que atuam na região do Submédio do São Francisco. O encerramento da Caravana Agroecológica do Semiárido Baiano será realizado no dia 30, no Espaço Plural da Univasf, em Juazeiro.
Texto: Ascom Caravana Agroecológica do Semiárido Baiano - Foto: Divulgação